Quando é Viável Criar uma Holding?
Embora esteja cada vez mais comum se ouvir falar dos benefícios de uma holding, sua viabilidade vai além dos objetivos pessoais e se fundamenta em pontos estratégicos, como valores tributários e indicadores que demonstrem o retorno financeiro, a proteção e a otimização empresarial esperados.
Não há um patrimônio mínimo obrigatório para a constituição de uma holding. No entanto, a maioria dos casos envolve patrimônios acima de R$ 1 milhão. Ainda assim, a criação de uma holding pode ser viável com valores menores, dependendo da configuração familiar, empresarial e do objetivo estratégico.
Abaixo, destacamos os principais fatores que indicam quando a constituição de uma holding é uma solução viável. Em todos os casos, recomendamos a realização de uma sessão de viabilidade. Essa etapa inicial permite uma análise aprofundada e segura antes de prosseguir para as fases seguintes, com um investimento inicial relativamente baixo.
Valor do Patrimônio
Uma holding é especialmente vantajosa para quem possui um patrimônio que justifique os custos iniciais e recorrentes de sua estruturação.
Valor sugerido do patrimônio líquido total: Embora seja comum considerar patrimônios a partir de R$ 1 milhão em ativos, como imóveis, participações societárias, veículos ou investimentos financeiros, como um indicativo, não há um limite mínimo obrigatório. Patrimônios menores podem justificar a constituição, dependendo das circunstâncias.
Recomendação: Realizar uma sessão de viabilidade para avaliar os objetivos, o patrimônio e os custos envolvidos. Essa análise inicial garante uma decisão fundamentada e segura.
Receita ou Lucros Anuais
Empresas ou indivíduos com alta geração de receita ou lucros podem usar a holding para planejar a distribuição de lucros de forma fiscalmente mais eficiente.
Quantidade de Empresas ou Bens que Geram Receita
Quanto maior a diversidade e a quantidade de empresas ou bens que geram receita, mais vantajoso é centralizá-los em uma holding.
- Empresas: Empresas com vínculos societários ou familiares podem se beneficiar de gestão unificada e otimização fiscal.
- Exemplo: A partir de um imóvel com valor relevante ou dois ou mais imóveis menores, por exemplo.
Economia Tributária
Se a holding gerar uma economia tributária anual superior aos custos de manutenção, ela se torna financeiramente viável.
- Redução média esperada: Até 25% em tributos sobre lucros e operações patrimoniais, dependendo do regime fiscal adotado (lucro presumido, real ou isenção para dividendos).
- Exemplo: Um imóvel gerando R$ 60 mil/ano em aluguéis pode ter a tributação reduzida de 27,5% (IRPF) para 11% (PJ).
Planejamento Sucessório
Se o custo de inventário previsto para a transferência patrimonial em caso de falecimento for elevado, a holding pode ser uma solução mais eficiente.
- Custo médio de inventário: De 8% a 15% do valor total dos bens, considerando taxas judiciais, honorários e impostos como o ITCMD.
- Exemplo para R$ 1 milhão: R$ 80 mil a R$ 150 mil.
- Custo médio de constituição da holding: Aproximadamente R$ 30 mil, com economia significativa em relação aos custos de inventário.
A constituição de uma holding para um patrimônio razoável é financeiramente viável, especialmente quando há geração de receitas relevantes e planejamento sucessório em questão.
Os custos iniciais e de manutenção de uma holding, geralmente são recuperados em cerca de 2 anos, enquanto os benefícios fiscais e organizacionais se mantêm no longo prazo. De qualquer forma, uma análise detalhada, com métricas personalizadas para o perfil patrimonial e empresarial do cliente, é essencial para garantir o sucesso e a eficiência dessa estratégia.